quinta-feira, 16 de julho de 2009

O NEGRO

Ainda falando de questões de raça e etnia, postei na minha atividade sobre a cultura negra, os sentimentos de uma ex-aluna sobre a sua cor, quando: "Ela respondeu que sempre se sentia normal, como todos os outros alunos, que nunca fora tratada de forma diferente, com os mesmos direitos, já que gosta de todos, é feliz do jeito que é e que sua cor não muda nada."
Assim, ainda postei em minhas entrevistas com alunos: "Iniciei por uma menina do 4º ano e me deixou bastante admirada, pois me respondeu: “não acho que sou negra, não tenho pele branca, mas não sou negra”. A mesma criança, que durante a atividade com o mosaico, apresentou-se com a de pele mais escura, dizendo ter descendência de índios e então por isso, não considerava-se negra. Questionando-a então sobre como se sente na escola em relação a cor da pele, mais escura que os demais, a mesma comentou que se sente bem tratada, sempre participou das atividades oferecidas pela escola e nunca ninguém se importou com a diferença de cor da pele." Ainda perguntei a ela se sentia-se mal pela cor da pele e ela me respondeu que era bonita, não precisava nem de banho de sol para ficar bronzeada.
Desta maneira ainda reforço que os alunos da minha turma não possuem diferenças relacionadas a cor, pois sentam e brincam uns com os outros, sem preocupação com este aspecto,mostrando que as atitudes de amizade apagam as diferenças. Pensar em amizades é mais importante do que a cor da pele.

REFLETINDO AS DIFERENÇAS

Paré em "Dimensões da Expressão Afro-cultural"(2000) afirma: “O processo de baixa auto-estima no aluno negro provém do ambiente sócio-histórico, reforçado pelas ações da escola sobre esse sujeito considerado “inadequado”, daí a evasão e repetência apesar dos esforços da família.”,assim gostaria de reforçar que na escola que trabalho, não se percebe esta diferenciação, uma vez que tratamos a todos os alunos do mesmo modo, dando as mesmas oportunidades a cada um.
Um exemplo bem recente aconteceu com a participação da escola no 3º EARTE. Todos os alunos que expressaram vontade em participar da apresentação, passaram por uma seleção, no maior estilo de show de calouros, até com eliminatórias e cada eliminado, passava a ser jurado dos demais. Foi uma tarde tranquila e onde ninguém se sentiu desmereceido, pois passou a ocupar outra função: de calouro a jurado.
Agindo desta maneira, julgamos não deixar nenhum aluno a parte dos acontecimentos, todos tem direito a participação e não se pensa apenas nos "queridinhos, branquinhos e bonitinhos",uma vez que a comunidade é bastante carente e a alegria de ser parte de um grupo, os deixa mais confiantes.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

DOSSIÊ

Fiz, para os estudos de EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS , o relato de um aluno com dificuldades de aprendizagem da escola em que trabalho, um aluno que necessita de atendimento especializado, mas que ainda não tem diagnóstico, mesmo com acompanhamento do serviço especializado do município.
Este aluno, chamado de Carlos, tem 10 anos de idade, frequenta o 3º ano e ainda não está alfabetizado. Ele tem dificldades na leitura e escrita, não fala corretamente, deixando de pronunciar fonemas, mas apresenta uma boa habilidade matemática, realizando inclusive cálculos mentais (sabe também multiplicar e dividir).
A pesquisa sobre a vida escolar e pessoal do garoto,mostrou que as escolas por onde ele passou ( veio para a atual escola em novembro de 2008) demosntraram interesse pelas dificuldades que apresentava, porém faltou empenho do pai do garoto no que dizia respeito as consultas e exames (que não foram realizados). Assim,o menino ainda não tem diagnóstico clínico que ajude num tratamento mais especializado.
Hoje ele está sendo atendido pelo NAE, onde participa de oficinas(capoeira,xadrez e artes),além de psicopedagoga.
Sabendo que todos os alunos tem direito a educação e a cuidados especiais, Pistóia (2007), coloca: "...compete ao professor envolver-se e procurar conhecer profundamente o seu aluno. Este é o ponto crucial,pois a partir deste conhecimento mútuo surgirão novas possibilidades de ação baseados em relacionamentos mais cuidadosos e consistentes."
Assim, vale lembrar que a entrevista com a família do aluno e "um olhar mais atento", só tem a contribuir a ação do professor e aquisição de conhecimento dos alunos.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Kant e Adorno

Em minha atividade de Filosofia,foi possível exercitar a argumentação e reflexão ética, onde iniciei com as palavras: "Os textos estudados por nós, explorando idéias de Adorno e Kant, colocam a educação e sua constante atualização, como forma de aperfeiçoar o homem e de evitar erros do passado.
Kant coloca que a educação é o segredo do aperfeiçoamento da humanidade e afirma que a ampliação do conhecimento depende da educação e esta dos conhecimentos adquiridos. Assim, Adorno, pensa na educação como uma ferramenta que será capaz de elevar o homem a uma auto-reflexão crítica, como forma de esclarecimento da humanidade, perante sua evolução."
De acordo com os ideias destes dois filosósofos alemães a sociedade tem a grande arma da mudança em suas mãos, a educação, como uma forma de transformação e de modificação do futuro do homem. Ao ter acesso a uma educação crítica, reflexiva, será possível mostrar ao indivíduo que há possibilidade de se viver num lugar mais justo e igualitário.
Deste modo,procuro sempre levar meus alunos a refletirem sobre seus atos e sobre as atividades feitas em sala de aula. Então, uma vez por semana, no início da aula, faço omomento da acolhida com reflexão. Neste momento trago uma pequena mensagem,que é lida para a turma e depois cada um deles é incentivado a falar sobre o assunto,mostrando sua posição, ouvindo e respeitando a opinião dos demais.

QUESTÕES ÉTICAS E MORAIS

O filme "Clube do Imperador", dirigido por Michael Hoffman, mostra a carreira do professor Hunter. A história se passa em uma escola com pedagogia tradicional, embora o professor use de atividades diferenciadas para motivar os alunos.
O professor Hunter durante a história passa por vários dilemas, que persapassam entre valores éticos e morais.
Comentei: "Lembrando que moral é um conjunto de normas, princípios, costumes, valores que norteiam o comportamento dos indivíduos. O professor, que sempre fora honesto em seus princípios, que sempre lutara por fazer de seus alunos homens honestos e de bem, na ânsia de vê-los atingirem a perfeição, vê-se diante do próprio fracasso ao ver o caminho que o ex-aluno Segdewick decidiu seguir."
Assim, vale lembrar que a escola pode e deve ajudar o aluno a construir seus conceitos de moralidade, lembrando que é um processo que passa por fases e nãõ pode ser confundido com agressividade ou violência.
Então:"O dilema vivido pelo professor fez com que o mesmo repensasse suas atitudes e voltasse para a sala de aula na tentativa de fazer a diferença na vida de outras crianças e percebendo que não se consegue mudar o caráter dos indivíduos." Pensando nisso, cabe a nós professores sermos a diferença na vida dos nossos alunos.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A AÇÃO DO PROFESSOR

Postei em minha atividade relacionada a avaliação de uma ação em sala de aula: “Iniciei meu relato da aplicação de uma ação usando como referência o pensamento de Fernando Becker que se refere ao professor que traz material para a sala de aula e deixa os alunos manusearem, explorarem seu uso, questionando e procurando respostas para os questionamentos feitos por eles próprios, como alguém que o faz por acreditar que seu aluno é capaz de construir novos conhecimentos e para isso necessita interagir, agir e problematizar uma ação.”
A ação realizada com os alunos foi muito especial e percebi que todos conseguiram explicar o que acontecia e recordam o que aprenderam.
Percebi que consegui melhorar ainda mais minhas práticas de sala de aula com uso de materiais diversificados e que não sou uma professora tradicional. Meus alunos pensam, algumas vezes só precisam de uma motivação para que relacionem as vivências que já possuem e possam juntar com as novas vivências e concluírem novas aprendizagens.

A MORALIDADE E A ESCOLA

Piaget nos mostra que algumas das questões que nós relacionamos à violência na escola, na verdade estão relacionados ao desenvolvimento moral do indivíduo, lembrando sempre que a moral diz respeito aos costumes, as regras de convívio e se desenvolvem através das relações sociais de cada um.

Comento em minha atividade sobre a moralidade: “Assim sendo, nossos alunos estão em construção da moralidade, construindo noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade e cabe a cada professor estar atento para auxiliar na reflexão das atitudes tomadas. Sendo que não cabe ao professor julgar ou condenar atos cometidos entre os alunos.”

Assim, pensando na escola em que trabalho, durante o recreio há um cronograma de jogos, onde os alunos aprendem de maneira divertida que respeitando os colegas, também será respeitado. Ainda, os conflitos que surgem são resolvidos com uma conversa entre todos os envolvidos, ouvindo todas as partes e entrando em acordos.