terça-feira, 28 de abril de 2009

Meus alunos e o desenvolvimento cognitivo

De acordo com os estudos de desenvolvimento segundo Piaget, meus alunos devem estar no estágio das operações concretas.
Eles reconhecem e ordenam números, tem noção de quantidades, são capazes de construir operações lógicas de classificação e seriação, realizam cálculos matemáticos, já distinguem o real do imaginário e passam a entender situações nem sempre tão concretas, são capazes de criar idéias a partir de fatos abstratos.
Mas por experiência própria, nem todos mostram estar na mesma fase em todas as atividades propostas. Alguns já conseguiram assimilar e acomodar certas propostas, enquanto outros alunos, é necessário voltar um passo anterior e recomeçar.
É o caso de alguns alunos do 4° ano, onde precisei voltar as aprendizagens da divisão, usando material de contagem e revendo todo o processo de agrupamentos, fazendo pequenos grupos e trabalhando com atividades diferenciadas e em grupos de acordo com o que um ia assimilando e acomodando como aprendizagem.
Mostra-se, cada vez mais, que um olhar atento e observador do professor, que conhecimentos quando ao desenvolvimento da criança e ainda da epistemologia a usar, são as armas mais poderosas na ajuda da aprendizagem e evolução dos alunos.

Desenvolvimento cognitivo

Em seus estudos sobre o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem, Piaget nos mostra que a partir dos primeiros reflexos de uma criança ao nascer, vão se construindo, pouco a pouco, em interação com o meio, as condições necessárias para todas as posteriores conquistas cognitivas.
Pensando nisso, Sapiranga está a um passo a frente!
Nossas escolas de educação infantil não se preocupam apenas em proporcionar um espaço para as crianças estarem seguras enquanto as mães trabalham. Vão lém, com a preocupação em oferecer um ensino de qualidade, as turmas possuem umprofessor titular que proporciona momentos onde os alunos terão a oportunidade de desenvolver suas potencialidades e o estudo dos estágiosde desenvolvimento, ajudam nesta tarefa, identificando a capacidade de acordo com a fase em que a criança se encontra.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

AINDA NO MOSAICO

Pela falta de informações sobre a família deixei como atividade para casa, que os alunos investigassem a origem dos familiares.
Fizemos belas descobertas:
- dois alunos descobriram que descendem de índios;
-outra aluna descobriu qye o avô era negro, mas não o conheceu.
Ainda estamos investigando outros antepassados e descobrindo as descendências dos alunos.
Estamos construindo a história de cada um.

MOSAICO

A atividade de construção do mosaico foi muito produtiva, além de instigadora.
Além de explorar as questões étnicas, também é possível diferenças raciais.


(5º ano)

Mas o que mais me chamou a atenção, foi a falta de sabedoria e conhecimento dos alunos em relação a história da própria família. Muitos não sabem nem os nomes dos avós.

(4º ano)

Ficou combinado na minha turma de 4º ano, que vamos estudar durante o ano letivo, as histórias da família, causos e até uma árvore genealógica. O que deixou os alunos entusiasmados.

Consegui mostrar que a história da nossa vida e da nossa família não está nos livros, ela se constrói a cada dia, mas tem grande valor!




segunda-feira, 13 de abril de 2009

DILEMAS

Mesmo sabendo que leis regulam o atendimento de alunos com necessidades especiais, nós professores ainda não estamos preparados para esta experiência. Nem mesmo as normativas nos trazem clareza em relação a várias questões. Pensando: o aluno de inclusão, está na sala de aula para ter maior contato com as outras crianças, ditas normais, ou para que adquiram conhecimentos e aprendizagens?
Creio que é uma dúvida que aflige a muitos e só muita discussão fará com que tenhamos esta resposta.
A professora Liliana nos colocou que nestes casos, precisamos ter a sensibilidade de decidir o que causará menos prejuízo ao aluno.

FILOSOFANDO

Algumas vezes julgamos pessoas sem ao menos pensar nos motivos que as levaram a tomar certas atitudes?
A atividade de argumentação foi um ótimo exercício de expressão e de reflexão.
Serviu para parar e analisar inclusive as atitudes que tomamos com nossos alunos e com os fatos que ocorrem na nossa sala de aula.
Tenho um aluno, que me é muito querido, mas muitas vezes me "tira do sério". Tem comportamento e atitudes muitas vezes agressivas, com desrespeito pelos demais e descaso com ele próprio. Mas refletindo e pensando na vida com que ele leva, por vezes penso que eu teria as mesmas atitudes, pois o pai é agressivo e a mãe é omissa, vive numa casa sem nenhum conforto, sem água ou luz, são vários irmãos e passa fome por vezes.
O contexto onde ele vive, reflete nas suas atitudes.